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“Se fosse eu primeiro-ministro, numas condições destas, e a ser verdade o que foi noticiado ontem e hoje, naturalmente o ministro [da Defesa] não tinha condições” para continuar, defendeu esta quinta-feira, em entrevista à RTP1, o líder do PSD.
À luz dos desenvolvimentos sobre o caso de Tancos, Rui Rio apontou que, em primeiro lugar, “há nove meses em que o ministro, sabendo, encobriu tudo isto”, referindo-se à autoria do roubo e à recuperação do material militar. Um segundo ponto, acrescentou o Presidente do PSD, “é que não terá dito ao primeiro-ministro”. “Se eu fosse primeiro-ministro e um ministro me ocultasse uma coisa destas, não podia continuar”, concluiu, assegurando que cabe ao atual chefe do governo em funções tomar uma decisão.
“Eu não peço a demissão de secretários de Estado e ministros”, isso “compete ao primeiro-ministro”, o que, de resto, é uma marca da liderança de Rui Rio. “Não tenho um estilo de oposição”, em que “sai uma notícia no telejornal” e “lanço o foguete para o ar”, assegurou. O Presidente do PSD fala agora num momento em que se conhece a gravidade do caso de Tancos: “se estou a tomar esta posição mais firme, é em função do que agora se soube”.
Reveja aqui a entrevista do Presidente à RTP1.