Drones: País “continua a aguardar pelo regime jurídico que venha disciplinar esta atividade”

24 de janeiro de 2018
PSD

Futuro da EMEF, subsídio de mobilidade ou drones foram alguns dos assuntos que motivaram questões dos social-democratas ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas. A audição decorreu esta quarta-feira, na Assembleia da República

 

Joel Sá, em audição a Pedro Marques, referiu-se às “várias atribulações que se sucedem no setor da aviação” e que têm que ver, por exemplo, com a segurança. Sobre os incidentes que se têm verificado com drones, e que aumentaram substancialmente em 2017, lembrou que o País “continua a aguardar pelo regime jurídico que venha disciplinar esta atividade”.

O deputado questionou o ministro sobre a “incompreensível falha no abastecimento de combustível no Aeroporto de Lisboa” [ocorrida em 2017], sobre a “decisão controversa” de fundir os gabinetes de Investigação de Segurança e de Acidentes Ferroviários e de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e, ainda, sobre a demissão do presidente da NAV, situação que está a suscitar “muitas falhas e preocupações”, alertou.

 

Manutenção ferroviária: Serviço “tem de ser prestado

O PSD não tem preconceito em relação à natureza pública ou privada da forma como é prestado o serviço, tem é de ser prestado”, esclareceu Paulo Rios de Oliveira a propósito da discussão sobre o futuro da manutenção ferroviária em Portugal.

O deputado lembrou que a Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) “é uma empresa pública”. Assinalando que o requerimento, para discutir esta matéria, data de maio de 2017, defendeu que o Executivo teve “largo espaço” para refletir. “Já percebemos o que é que não se vai fazer, mas estamos com dificuldade em perceber o que se vai fazer”, disse, acrescentando que a audição constitui “uma excelente oportunidade de o ministro nos poder habilitar sobre o futuro da empresa”. 

 

Subsídio social de mobilidade: “Evitar que as pessoas tenham de adiantar dinheiro ao Estado

Nunca se viajou tanto entre a Região Autónoma da Madeira e o continente”, destacou o deputado Paulo Neves, depois de ter alertado que “o apoio do Estado à deslocação dos madeirenses e porto-santenses não pode ser relativizado”.

Salientando que há aspetos positivos, o social-democrata afirmou que há “coisas a melhorar” e “linhas vermelhas” que o PSD não admite, como o limite de plafond no reembolso de viagens. Importa, segundo referiu, “evitar que as pessoas tenham de adiantar dinheiro ao Estado”, já que “os madeirenses e porto-santenses não são bancos para darem crédito ao Estado”.

Sobre o valor que o Estado acaba por pagar, no que respeita ao subsídio de mobilidade, esclareceu que “tem muito que ver com o preço das viagens” que “são muito caras”. Referiu, assim, haver “uma solução muito rápida” que passa pela redução dos preços, na qual próprio Governo “tem uma palavra a dizer”, já que “tomou a decisão de reverter a privatização da companhia [TAP]”. Paulo Neves desafiou, ainda, o ministro a “fazer tudo para que haja mais uma companhia aérea” a prestar o serviço.