José Matos Rosa: “Governo e maioria parlamentar não estão disponíveis para essa reinvenção”

2 de janeiro de 2018
PSD

O secretário-geral do PSD reforçou, esta segunda-feira, que “Portugal podia e devia estar melhor” e que as reformas do executivo anterior “continuam a dar frutos”. Denunciou a “austeridade escondida” e assinalou os aumentos que chegaram com o novo ano. Para José Matos Rosa, o Governo não tem estratégia, nem visão de futuro. Importa, segundo afirmou, que quem governa promova medidas com vista ao futuro do País, em detrimento de uma estratégia eleitoralista cada vez mais evidente

 

Precisamos de refletir sobre como o Estado, o Governo e a classe política podiam ter respondido melhor às necessidades do País”, disse esta segunda-feira o secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, em reação à mensagem de Ano Novo do Presidente da República. “É inegável que ainda há muito por fazer: no combate às desigualdades e à pobreza, no caminho para uma sociedade mais justa, com uma educação de qualidade, uma saúde pública eficaz e serviços públicos que correspondam às expectativas”, destacou.

O ano de 2017 trouxe contradições”, recordou, explicando que “as tragédias foram demasiado pesadas para que o balanço do ano seja positivo.

Lembrando que “as reformas feitas no passado continuam a dar frutos”, o secretário-geral dos social-democratas disse esperar que “os bons resultados possam manter-se, desde que não sejam feitas mais reversões”. “Portugal podia e devia estar melhor”, acrescentou.

José Matos Rosa denunciou que “a austeridade escondida e disfarçada tem afetado áreas essenciais da nossa vida, como a Saúde e a Educação”. Lembrou que os portugueses vão, com o início do novo ano, “pagar mais por diversos bens: do leite ao pão, passando pelos combustíveis”. De acordo com o social-democrata, “sobrecarregar os portugueses com mais impostos é a única estratégia do Governo PS”, o qual “não dá a conhecer prioridades”, “não tem uma linha de ação”, nem “visão de futuro”.

 

Esperamos que o Governo socialista arrepie caminho quanto ao seu eleitoralismo

O secretário-geral do PSD foi claro ao afirmar que “o Governo socialista não sabe o que quer para Portugal”. “Por isso se torna tão urgente o apelo do Senhor Presidente da República para a reinvenção do País”, referiu, justificando a sua afirmação: “para que os erros de 2017 não se repitam”. “Infelizmente, sabemos que o Governo e a maioria parlamentar não estão disponíveis para essa reinvenção”, considerou, lembrando que “o Orçamento de 2018 é prova disso mesmo”.

Todos temos de estar disponíveis para nos reinventarmos”, reforçou. “O PSD, em 2018, fará o seu congresso e escolherá um novo líder”, lembrou. “Esperamos que o Governo socialista arrepie caminho quanto ao seu eleitoralismo”, referiu. Defendeu, assim, que “os portugueses merecem mais do que a gestão para o imediato” e que “a política não é viver do imediatismo, nem para o dia-a-dia, bem da conjuntura”. Urge, pois, “aproveitar as oportunidades, olhando para o futuro, como apelou o Senhor Presidente da República”, disse.