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O secretário-geral afirmou, em plenário, que os portugueses são o centro da ação do PSD. Disse que “a força da democracia reside no respeito pelas opiniões dos outros” e destacou que o 37.º Congresso Nacional decorreu “com a maior elevação”
“Elegemos como grandes áreas de atuação futura as questões sociais e os desafios económicos do País”, referiu esta quarta-feira Feliciano Barreiras Duarte, deputado e secretário-geral do PSD, referindo-se ao 37.º Congresso Nacional do PSD em que Rui Rio tomou posse enquanto Presidente do PSD. Em declarações políticas na Assembleia da República, o social-democrata salientou que os temas apresentados por Rui Rio “como prioridades decorrem e assentam na visão personalista e interclassista que concebe a política ao serviço das pessoas e não as instrumentaliza em benefício de um qualquer projeto de poder”.
Feliciano Barreiras Duarte destacou que no congresso tanto a participação, como o debate decorreram “sempre com a maior elevação” e que o novo Presidente do PSD “deu ao País um exemplo de união e de pluralismo”. “Alguns partidos políticos, mais habituados a algumas regras do centralismo democrático, nunca poderão perceber que a força da democracia reside no respeito pelas opiniões dos outros, mesmo quando diferentes”, afirmou. “Esse respeito é uma força e não uma fraqueza”, acrescentou.
De acordo com o deputado a nova estratégia política social-democrata foi aprovada na reunião magna que decorreu entre sexta-feira e domingo, em Lisboa. Trata-se, segundo assinalou, de “uma estratégia essencialmente virada para o País, dirigida aos portugueses, concentrada no bem comum” e que, por isso, exige “sentido de dever e de serviço”. Lembrou, por isso, palavras do líder: “’ter as pessoas como o centro e a razão da nossa ação’ é a missão e a base fundamental do pensamento e da ação de um verdadeiro partido social democrata”.
Realização de reformas e disponibilidade para “diálogo profícuo”
O secretário-geral do PSD alertou, assim, para a baixa natalidade que, “há décadas, comprometem o nosso futuro coletivo”. Defendeu, por isso, “políticas amigas da família que promovam a natalidade e favoreçam o acesso à habitação por parte das famílias jovens com filhos”. Referiu-se, também, ao abandono de idosos, esclarecendo, por exemplo, que Portugal não pode permitir que “muitos hospitais, que servem para tratar doentes, se transformem em estabelecimentos para internamentos sociais”. Urge, pois, “aumentar a rede de cuidados continuados e paliativos”, bem como apostar “numa verdadeira estratégia de apoio aos cuidados domiciliários”.
O social-democrata partilhou a preocupação do PSD sobre a Saúde. “Ao contrário do que a propaganda oficial ainda vai sustentando, infelizmente o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está doente”, alertou, referindo-se ao aumento das listas de espera, à falta de materiais ou, ainda, à desmotivação sentida pelos próprios profissionais. “O PSD reafirma a defesa de um SNS eficaz, com mais autonomia, que aposte mais na prevenção da doença, em vez de ter de a combater em fase avançada”, disse para, logo, criticar: “a falta de investimento do atual Governo é simplesmente vergonhosa”.
Feliciano Barreiras Duarte aproveitou, ainda, para salientar a necessidade do reforço da sustentabilidade da Segurança Social, definindo-o como um “dever perante as gerações futuras”. No que se refere à Educação, garantiu que os social-democratas pugnarão “pelo regresso a uma cultura de exigência que conduza ao sucesso educativo e devolva aos nossos estudantes uma perspetiva de futuro em que o mérito e o saber sejam a medida dos seus limites”.
Apontando que há uma excessiva centralização do País e que “a decisão política é demasiado longínqua dos cidadãos”, o deputado relembrou que, tal como foi esta semana comunicado ao Presidente da República e ao primeiro-ministro, o PSD defende “uma estratégia de médio e longo prazo que concretize uma verdadeira reforma do Estado”. E alertou, também, para a necessidade de, na Economia, Portugal “crescer mais e melhor”, pelo que o Estado deve ser “menos um empecilho ao empreendedorismo e cada vez mais um facilitar do investimento”.
“O PSD defende a concretização destas reformas e está disponível para promover um diálogo profícuo com todos os partidos políticos, sobretudo com aqueles que connosco têm mais proximidade”, disse ainda.