PSD PROPÕE: Aprovação imediata de medidas compensatórias para os produtores de castanha

29 de janeiro de 2018
PSD

 

Os deputados do PSD recomendaram ao Governo a aprovação imediata de medidas compensatórias específicas dirigidas aos produtores de castanha acompanhadas do respetivo pacote financeiro. O objetivo dos social-democratas é minimizar os prejuízos causados na última campanha pela seca extrema que assolou o País e a região de Trás-os-Montes, em particular. De acordo com os cálculos efetuados pelos agentes locais ligados ao setor, os prejuízos atingiram os 15 milhões de euros para o concelho de Bragança, tendo sido 2017 o pior ano de que há memória.

A recomendação inclui, ainda, um conjunto de medidas que salvaguardem a produção futura da castanha, repondo o potencial produtivo perdido devido às condições climatéricas adversas.

No seu projeto de resolução, os social-democratas sublinham o valor socioeconómico da castanha, produto agrícola responsável pelo maior volume de exportações do nordeste transmontano, avaliado em cerca de 100 milhões de euros (considerado o impacto na produção e na agroindústria). Desta forma, a castanha é a principal fonte de receita de muitas famílias, sendo por isso o produto mais sustentável e rentável da atividade rural desta sub-região. A denominada “Terra Fria do Nordeste Transmontana” é a grande produtora de castanha em Portugal, sendo os concelhos de Bragança, Vinhais e Vimioso responsáveis pela produção de um terço da castanha nacional, com cerca de 25 mil toneladas anuais.

No entanto, referem os social-democratas, as condições climatéricas verificadas no ano passado e cujos efeitos ainda se mantêm em grande parte (o verão e outubro mais quentes e secos desde que existem registos e uma grande parte do território em seca severa ou extrema) afetaram a produção de castanha, em qualidade e quantidade, com quebras superiores a cinquenta por cento. Ao mesmo tempo, registou-se um elevado número de castanheiros secos, colocando em causa a produção dos próximos anos. Acresce que a diminuição da produção de castanha não foi acompanhada pela expetável valorização do fruto, verificando-se o contrário, ou seja, a redução do preço em mais de quarenta por cento, uma vez que a seca teve também consequências ao nível da qualidade.