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Rui Rio apresentou ao 38.º Congresso Nacional um modelo de “crescimento económico assente na produção de bens transacionáveis de maior valor acrescentado” para “equilibrar as nossas contas externas e potenciar um melhor nível de vida aos portugueses”, o inverso do “que este governo tem vindo a implementar”. “O crescimento tem de ser comandado pela produção e não pelo consumo”, afirmou.
Mas a realidade desmente o discurso oficial, porque é notória a degradação do saldo externo e as importações voltaram a superar as exportações, explicou o Presidente do PSD. “Temos efetivamente mais emprego, mas emprego relativamente precário e manifestamente mal pago” face à média europeia; e “é cada vez mais estreita a diferença entre o salário mínimo nacional e o salário médio”, porque “o médio é baixo”. “Da forma como este Governo tem vindo a fazer, jamais o País terá condições de pagar melhores salários e conseguir que a nossa economia possa criar melhores empregos”, criticou.
“Com esta governação os portugueses podem ter alguma ambição, desde que ela seja poucochinha”, apontou Rui Rio. “Com este Governo e com estas alianças parlamentares”, os portugueses poderão ter aumentos salariais de 0,5% ou 0,7%, mas nunca terão aumentos que os catapultem para os padrões de vida europeus”, sendo vital que o Executivo perceba que o caminho é a aposta nas empresas e no investimento.
O resultado desta visão é “a maior carga fiscal da história de Portugal”, “própria de uma governação fortemente marcada pela ideologia comunista e socialista”. Não é, por isso, mérito do Governo o equilíbrio das contas públicas que o ministro das Finanças reclama para si, mas sim um resultado “à boleia da atual política monetária do BCE, de um permanente aumento de impostos e de uma política de cativações levada ao extremo”, além de um corte do investimento público para mínimos históricos.
Esta não é a visão do PSD, nem é a visão de futuro de que Portugal precisa, apontou o Presidente do Partido.
Rui Rio quer “mais e melhor gestão” para SNS
Com o Governo PS, “a degradação da qualidade dos nossos serviços públicos” afundou-se como nunca tinha acontecido. No SNS, o exemplo mais gritante desse cenário, é preciso “encontrar um rumo, o rumo que foi perdendo nestes últimos quatro anos”. Para Rui Rio, além do subfinanciamento da saúde, importa dar ao SNS “mais e melhor gestão”.
Para um SNS que responde aos cidadãos como determina a Constituição, Rui Rio sublinha a importância de “gestores mais competentes e menos ligados à lógica partidária”, “maior autonomia administrativa e financeira” das administrações” e uma complementação “com os setores privado e social quando o público não está capaz de responder”, livre dos preconceitos ideológicos em que o Governo segue “a esquerda mais radical”. “Precisa de mais fiscalização no combate ao desperdício e, muito provavelmente, na deteção de relações comerciais menos transparentes na aquisição de bens e serviços”.
O Presidente do Partido elencou ainda outras áreas onde a degradação dos serviços públicos está a hipotecar o presente e o futuro dos portugueses, designadamente a Educação e a Segurança.
Na Educação, “avulta a falta de planeamento de recursos humanos”. Mas nota-se também “o facilitismo que desmotiva os professores e tende a trair o futuro profissional dos alunos”. O sistema educativo é, vincou Rui Rio, a base da “luta contra a pobreza, que a todos nos deve mover”.