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“Ganhar os portugueses é conquistar o seu respeito e a sua confiança e não conseguir o seu voto, apenas porque eles acham que os outros são piores do que nós”, disse Rui Rio na primeira mensagem dirigida ao 38.º Congresso Nacional do PSD, sublinhando a necessidade de revitalizar a vida partidária como forma de reconquistar credibilidade aos olhos do País. Porque, lembrou, “um partido não pode ser uma agência de empregos políticos, em que as suas estruturas se movimentam em função dos lugares que os seus dirigentes pretendem alcançar”, mas um espaço de militância aberta. O caminho para este objetivo é “pôr o Conselho Estratégico Nacional (CEN) a funcionar em todo o território nacional”, defendeu. O CEN, que Rui Rio lançou no seu primeiro mandato como Presidente do PSD, é “um vetor essencial para a concretização da abertura do Partido aos portugueses”, num contexto de degradação do sistema partidário a nível europeu, a que Portugal não é imune. “O CEN terá de ser o embrião do contrato de confiança que o PSD, em tempo próprio, terá de estar capaz de assinar com os portugueses”. É, por isso, prioritário reforçar ainda mais o CEN como espaço de militância a nível nacional, para “dar oportunidade a todos os portugueses de militarem no PSD em função das suas áreas de interesse político ou profissional”. Com o CEN, pretende-se “modernizar e refrescar o Partido”, com a participação de quem não tem atividade partidária, e “construir as respostas do PSD aos novos desafios que o País enfrenta”. “Se não formos capazes de ultrapassar o enquistamento e os pequenos e médios interesses pessoais que, hoje, tantas vezes dominam a vida partidária interna, jamais conseguiremos conquistar a credibilidade indispensável para ganhar verdadeiramente o País”, explicou. “Abarcamos todo o centro político” A política “construtiva e de responsabilidade”, que coloca Portugal em primeiro lugar – como fez Francisco Sá Carneiro –, é o rumo político do Presidente do PSD. “Não adianta insistir na política do bota-abaixo e da crítica sem critério nem coerência”, mas preferir a “elevação” que pauta a oposição do PSD ao Governo. “Serve-se o País no Governo, tal como se serve o País na oposição”, garantiu, afirmando que “o nosso objetivo é Portugal, não é apostar no quanto pior, melhor”. Ao PSD, continuou Rui Rio, compete “enaltecer as diferenças relativamente ao Governo em funções, denunciar, com firmeza, as suas falhas e apresentar, com competência, políticas alternativas”, com “vigor e frontalidade”, em linha com a ideologia social-democrata. Rui Rio reafirmou essa mesma ideologia: “não somos a direita nem somos a esquerda”, “abarcamos todo o centro político, ou seja, o espaço onde se encontra a esmagadora maioria das pessoas”. “O crescimento do PSD depende da sua capacidade de conquista de votos ao centro”. O PSD, com Rui Rio, é “um partido moderado, reformista e personalista”, que rejeita extremismos. No primeiro dia dos trabalhos do Congresso Nacional, Rui Rio garantiu: “vamos focar-nos eleitoralmente nas autárquicas, mas não deixaremos de nos preparar para governar Portugal se as circunstâncias políticas assim o vierem a exigir”. Depois da intervenção do Presidente, teve início a apresentação das propostas temáticas que os congressistas trazem ao 38.º Congresso.