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Rui Rio critica a partidarização dos organismos reguladores, a propósito da indicação pelo Governo de um deputado socialista para o Conselho de Administração da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). O Presidente do PSD qualifica a nomeação como “preocupante”, censurando, desde já, o critério do ministro da Economia que segue a tradição socialista dos “jobs for the boys”. “As entidades reguladoras não são para partidarizar, não é o local onde devemos meter um político, devemos meter pessoas com conhecimento técnico, neste caso sobre energia, pessoa que pode ser competente, mas não tem currículo para a energia”, acusou.
O Presidente do PSD espera que o Governo possa ainda recuar nesta decisão, depois da audição parlamentar prevista para ouvir o parlamentar Carlos Pereira. “Espero que, em face dessa audição, e se se vier a confirmar que o currículo do deputado não tem nenhuma ligação à energia, o Governo possa dar um passo à retaguarda e escolher uma personalidade da sociedade portuguesa capaz de desempenhar estas funções com a competência que se exige”, apelou.
No domínio da política externa, Rui Rio defende ao aprofundamento da “relação política e comercial” transatlântica, entre Portugal e os Estados Unidos. “Portugal tem a sua política externa virada para a Europa, mas também para o Atlântico. A língua portuguesa é a mais falada no hemisfério sul. Temos muitos profissionais e académicos que estudaram nos EUA e estão imbuídos da escola americana em diversos sectores, na economia por exemplo. Há uma relação estreita que temos de aprofundar”, especificou.
Num comentário ao resultado da primeira volta das eleições presidenciais no Brasil, Rui Rio entende que “não basta culparmos o povo” pela ascensão dos políticos populistas. A sociedade deve, insiste o líder do PSD, fazer um exercício de introspeção e de autocrítica. “O que temos de saber é o que temos feito de tão mal no regime democrático que leva ao ressurgimento destes fenómenos”, exortou Rui Rio.
O Presidente do PSD participou, esta quarta-feira, num almoço-conferência promovido pela Associação de Amizade Portugal-EUA, subordinado ao tema “O Futuro de Portugal e as relações com os EUA”.