Salvador Malheiro: “O País precisa, claramente, de medidas assertivas”

15 de março de 2018
PSD

 

O vice-presidente do PSD, Salvador Malheiro, esteve presente na tomada de posse da Comissão Política do PSD de Alenquer. Destacou que o que move a nova liderança do partido é o interesse nacional e garantiu que as “eleições são para ganhar”. Floresta, Saúde e Educação foram algumas matérias que revisitou e nas quais não poupou críticas à atual solução governativa

 

O País precisa, claramente, de medidas assertivas, de longo prazo”, defendeu Salvador Malheiro depois de o primeiro-ministro ter vindo anunciar que até junho não serão aplicadas coimas relativas à limpeza das matas. Sobre este anúncio, o vice-presidente do PSD disse, esta manhã, tratar-se da “imagem de marca deste Governo”, na medida em que “anuncia uma coisa ‘num dia’ e depois vem anunciar o seu contrário”. Por isso, avisou: “não podemos estar constantemente a adiar decisões que, depois, não se concretizam”. Referiu-se, assim, à instabilidade de um Executivo cuja principal preocupação parece ser “apenas a machete do dia seguinte”.

O vice-presidente do PSD esteve presente, esta quarta-feira, na tomada de posse da Comissão Política do PSD de Alenquer. A floresta foi, de facto, um dos pontos por si focados, tendo salientado que “os problemas não se resolvem com uma reforma apresentada em cinco dias”. Para o social-democrata, mais do que apressar a limpeza das matas, importa desenvolver uma reforma devidamente “planeada, pensada”, trazendo “todos os players” a discussão. Segundo destacou, “as linhas para uma verdadeira reforma” devem ter como foco “o emparcelamento, o cadastro, uma gestão florestal de qualidade e o aproveitamento energético de resíduos florestais”.

Salvador Malheiro referiu-se, também, a um setor que o PSD quer levar a debate no Parlamento, com urgência: o da Saúde. “É inadmissível o incremento da dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, criticou, acrescentando que tem vindo a aumentar desde que esta solução governativa tomou posse. “Os serviços prestados não têm melhorado e está a acontecer um desinvestimento”, reiterou.

Manifestou, ainda, preocupação no que se refere à Educação. “O Governo não tem estado à altura, basta ver o estado das escolas, se não fossem as autarquias, o poder local, a substituírem-se ao Executivo seria um completo descalabro”.

 

PSD é um “partido unido e coeso

O vice-presidente do PSD iniciou a sua intervenção em Alenquer a dar nota de um “partido unido e coeso”. Reforçou que o PSD coloca “o interesse nacional acima de tudo”. Aproveitou, por isso, para explicar que os diálogos iniciados com o Governo PS a propósito de fundos comunitários e descentralização “nada têm que ver com a constituição de um bloco central”. Esclareceu, assim, que o objetivo dos social-democratas é “proporcionar as melhores condições, para que possamos ter sucesso nas negociações” e, desta forma, promover o desenvolvimento do País. “Estão criadas condições para o sucesso”, assegurou.

Referindo-se ao Conselho Estratégico Nacional, anunciado pelo Presidente do PSD em 7 de março, explicou que se trata de “uma medida de descentralização do próprio partido que as concelhias e distritais devem saber aproveitar”. 

Salvador Malheiro deu, ainda, um “sinal de esperança grande” de que é possível ganhar as eleições. Recordou, por isso, a sondagem da Aximage que, lançada na passada sexta-feira, dá conta de que o PSD, com liderança de Rui Rio, recuperou face ao PS. Tendo registado o valor mais alto desde 2016, o PSD subiu para 27% das intenções de voto. “As próximas eleições são para ganhar”, garantiu.