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O PSD questionou, esta quarta-feira, o ministro da Saúde sobre as contradições dos partidos da extrema-esquerda que suportam o Governo em relação às parcerias público-privadas (PPP) na Saúde.
Ricardo Baptista Leite, deputado do PSD, expôs a incoerência das forças políticas que tanto se opõem ao modelo de PPP como se mostram a favor. “Aquele que é o pecado capital do BE e do PCP é apoiar uma PPP. Mas o que é que aconteceu? O BE e o PCP aprovaram as Grandes Opções do Plano que inclui uma nova PPP para o Serviço Nacional de Saúde. Fica para a história do SNS que o Hospital de Lisboa Oriental terá o apoio do PS, do BE e do PCP. O resto é conversa”, criticou o deputado.
“Se o modelo das parcerias público-privadas é uma matéria assim tão importante para a esquerda, porque razão os partidos que suportam o Governo não a incluíram num acordo parlamentar e que garantisse a reversão imediata para o setor público? Eventualmente não se lembraram”, ironizou Ricardo Baptista Leite.
Na audição ao ministro da Saúde, em sede de comissão, Ricardo Baptista Leite destacou o “avanço de enorme envergadura” no Hospital de Cascais, “quer ao nível hospitalar, quer ao nível dos cuidados de saúde primários”. O deputado alerta, no entanto, que é preciso corrigir algumas insuficiências no contrato de gestão com o grupo privado que “administra” o Hospital de Cascais, nomeadamente no domínio das doenças infeciosas, na área da saúde mental e na componente oncológica. “Tendo-se optado pela via da prorrogação e de lançar um novo concurso público internacional, será que o senhor ministro considera a hipótese de fazer um conjunto de contratos paralelos para salvaguardar estes serviços, de modo a corrigir eventuais erros?”, questionou.