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Rui Rio transmitiu ao Presidente da República a disponibilidade do PSD para "entendimentos partidários" amplos em “reformas vitais” para Portugal.
No final de uma audiência de hora e meia com Marcelo Rebelo de Sousa, esta terça-feira, no Palácio de Belém, o Presidente do PSD afirmou que Portugal carece de entendimentos em áreas estruturais, nomeadamente no sistema político, na justiça e na segurança social. “Durante este ano estamos disponíveis para isso. Passado o ano de 2020, chegamos a 2021 onde não há europeias e legislativas, mas há de haver umas autárquicas, que são eleições partidárias e as coisas ficam mais condicionadas”, alertou.
O Presidente do PSD reiterou o diagnóstico crítico que faz do sistema político e da justiça, sublinhando que existe “um afastamento enorme dos portugueses em relação aos partidos e à política” e uma “muito menor” credibilidade” do sistema judicial em relação ao passado.
Já na área da segurança social, Rui Rio sintetizou que “não havendo uma situação dramática”, é uma área em que qualquer mudança tem consequências “nos próximos 30 a 40 anos”.
“Penso que não é comum os líderes do principal partido da oposição estarem disponíveis para estes entendimentos, ao longo da história não aconteceu muitas vezes, no futuro também não acontecerá. (…) O que é importante é que os portugueses percebam que o PSD, apesar de ser oposição, continua na disposição de fazer o que é do interesse do País e não do seu próprio interesse”, expressou.
Rui Rio disse ainda que “cabe ao PSD, que é um partido de centro, liderar uma alternativa à direita do PS”, porque “uma coisa é o PSD ser o líder de uma alternativa à direita do PS, outra coisa é o PSD ser ele próprio a direita, e o PSD não é a direita”.
Sobre a eutanásia, o líder do PSD explicou que o tema não foi abordado durante este encontro com o chefe de Estado. “Eu já decidi o meu sentido de voto, mas não vou mais longe que isso”, explicou.
Nesta deslocação a Belém, a delegação do PSD, para apresentar cumprimentos ao Presidente da República após o 38.º Congresso Nacional, integrava ainda os vice-Presidentes André Coelho Lima, Isaura Morais e Nuno Morais Sarmento, bem como o Secretário-geral José Silvano.