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O Presidente do PSD afirma “parecer absolutamente evidente” que a proposta de Orçamento do Estado para 2020 aumenta a carga fiscal. Rui Rio remete para mais tarde uma análise detalhada ao documento. “Vou ver com cuidado, mas parece-me absolutamente evidente que há um aumento da carga fiscal. Quando o Primeiro-Ministro diz que é um Orçamento do Estado de continuidade, se aumentar a carga fiscal é de continuidade, que tem aumentado desde que o PS assumiu a governação em 2016”, disse.
O líder do PSD nota, para já, “alguma atrapalhação do Governo” na proposta inicial que foi entregue na segunda-feira no Parlamento e que continha uma tabela errada e gralhas nos capítulos relativos à saúde, educação e na carga fiscal.
Sobre o sentido de voto do PSD, Rui Rio reiterou que o orçamento é “uma peça complexa”, que não pode ser analisada passadas “algumas horas”, reiterando que a carga fiscal foi “o elemento mais importante” e mais falado na última campanha legislativa. “Espero no jantar do grupo parlamentar falar um bocadinho mais sobre o Orçamento do Estado, mas falar a sério sobre o orçamento demora algum tempo”, garantiu.
Ao final da tarde desta terça-feira, Afonso Oliveira, vice-Presidente do grupo parlamentar do PSD, classificou a proposta de orçamento como “de continuidade por más razões”. “Este orçamento é claramente um orçamento de continuidade como disse o Primeiro-Ministro e bem: continuidade na carga fiscal, que aumenta mais uma vez. É um erro, um caminho diferente do que nós seguiríamos. Se fôssemos Governo, o nosso caminho seria de redução da carga fiscal aos portugueses, o que traduz uma diferença absoluta”, referiu.
O deputado assinala ainda que, “mais uma vez, o Orçamento do Estado reflete uma previsão de investimento público nas várias áreas sensivelmente igual ao que se previa para 2019 e que não foi concretizada em grande parte”.