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A tolerância com todos os disparates e a má governação da esquerda socialista e radical impressiona!
Se um governo do PSD tivesse levado Portugal à bancarrota, a esquerda portuguesa diria que nunca mais deveríamos ter um governo do PSD;
Se o PSD tivesse tido um primeiro-ministro detido e fortemente indiciado, esta esquerda diria que a “direita” teria de estar no limbo por umas décadas e nenhum membro desse governo poderia exercer funções executivas.
Se o PSD não tivesse ganho as eleições, a esquerda diria que um governo liderado pelo PSD estaria ferido de legitimidade e a usurpar o poder.
Se num governo PSD morressem mais de 100 pessoas numa tragédia resultante dos incêndios, e existissem permanentes falhas na proteção civil, a esquerda chamaria assassinos aos governantes onde quer que estivessem.
Se no governo do PSD estivessem membros que são marido e mulher e outras afinidades parentais, dir-se-ia que era um clube familiar e de amigos que violava as regras da transparência e os princípios éticos e republicanos.
Se um ministro afirmasse que as famílias se quiserem pagar menos IVA pelo contador de eletricidade têm de baixar a potência contratada para o limite dos 3,45 kVA, todos diriam que o governo insultava os pobres e se revelava um ‘monstro’, com uma enorme insensibilidade social.
Se uma estrada nacional tivesse aluído e tivessem morrido pessoas, isso demonstraria a incompetência e o desleixo do governo, que teria de ser responsabilizado face à política das monstruosas cativações.
Se uma família numa habitação degradada e sem ligação à eletricidade tivesse morrido por inalação de monóxido de carbono devido a um gerador a gasolina no interior da casa, isso era o resultado do abandono das políticas públicas na área da habitação e de combate à pobreza e exclusão social.
Se os serviços públicos como a saúde, a proteção civil, os transportes e vias de comunicação estivessem piores do que no tempo da Troika, a esquerda afirmaria que a degradação dos serviços públicos era o resultado de uma política neoliberal de direita a que tínhamos de pôr fim.
Se uma ministra da saúde de um governo do PSD declarasse que se negociasse durante a greve estaria a privilegiar o criminoso, seria classificada de fascista.
Mas prefiro a exigência que se faz ao PSD. Só dessa forma teremos um Portugal Melhor. Todas as desculpas que se dão ao PS e às esquerdas conduzem ao laxismo e à degradação que os portugueses acabam sempre por pagar.
Os resultados da governação de António Costa, apoiada pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda não são positivos: temos a carga fiscal mais elevada desde que há registo, as cativações aumentaram os serviços públicos pioraram, a dívida pública aumentou cerca de 18 mil milhões de euros, a contestação social aumentou.
Portugal precisa de Rui Rio, da sua seriedade, coragem e competência para preparar o futuro e modernizar Portugal.
José Manuel Fernandes
Deputado ao Parlamento Europeu, presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Braga