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Os incêndios de junho provocaram a destruição total ou parcial de casas de primeira habitação, de segunda habitação, instalações empresarias, armazéns e anexos de particulares, na região de Leiria. Os números que se conhecem são, muitas vezes, discrepantes, o que impossibilita a avaliação rigorosa sobre o que é preciso reconstruir.
Assim, o PSD exige ao Governo informação precisa sobre as habitações e outras edificações atingidas pelo fogo. Neste sentido, o grupo parlamentar dirigiu ao Governo um conjunto de 11 perguntas, cujo objetivo é averiguar quantas casas de primeira habitação ficaram numa situação de completa destruição, exigindo uma reconstrução total, e quantos sofreram danos parciais; e o mesmo no caso das casas de segunda habitação e nas instalações empresariais.
Na semana passada, os deputados visitaram a região afetada pelos incêndios de junho e reuniram com a associação de vítimas do grande incêndio de Pedrógão Grande. Nesta visita, ficou evidente que o processo de reconstrução não avança a um ritmo aceitável.
"O processo de reconstrução está extremamente atrasado, a maior parte das casas que tiveram alguma intervenção foi uma intervenção superficial", afirmou a deputada Teresa Morais, que acrescentou que a maioria das reparações concretizadas teve custos inferiores a 5.000 euros. Segundo Teresa Morais, "na esmagadora maioria dos casos as reconstruções totais, pura e simplesmente, não aconteceram".
No conjunto das perguntas enviadas ao ministro do Ambiente, à secretária de Estado da Habitação e ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas, o PSD questiona ainda sobre os factos e os números da reconstrução: quantas casas de primeira habitação já se encontram reconstruídas, que entidades são responsáveis pelo processo de reconstrução total ou parcial, em cada um dos municípios afetados, e quantas reconstruções estão integradas no Fundo Revita.
O Grupo Parlamentar do PSD enviou as mesmas perguntas aos presidentes das câmaras de Pedrógão Grande, Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos, os três municípios mais afetados pelos incêndios de junho.
"Queremos saber de que ponto é que partimos: quantas casas foram afetadas em cada concelho, total e parcialmente; quantas casas já foram reparadas total e parcialmente; quantas casas foram entregues a cada entidade e quantas são as entidades que estão a reconstruir", explica a deputada Teresa Morais.
A preocupação do PSD estende-se às instalações empresariais, dado que no terreno foi possível verificar que muitas empresas ainda não receberam qualquer apoio.
"Queremos saber quantas instalações empresariais sofreram destruição total ou danos parciais. Há muitas empresas que ainda não tiveram apoios e cujos postos de trabalho estão em perigo", destacou Teresa Morais.
No mesmo conjunto de perguntas, os deputados questionam o Governo sobre quantos anexos, armazéns e instalações destinadas ao abrigo de animais sofreram danos parciais ou totais, já que os animais são o modo de subsistência de muitos habitantes desta região.