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É comum dizer-se que o PSD é o “Partido mais Português de Portugal”. Não poderia estar mais de acordo. É o Partido a quem todos, da esquerda à direita, vaticinavam uma morte precoce, mas que, ao invés e ao longo destes seus 44 anos de existência, continua forte, pujante e que pode ser associado aos momentos de maior desenvolvimento e progresso económico social de Portugal. É um Partido do centro político que defende o Estado de Direito, a Democracia e o Pluralismo, a Justiça Social e a afirmação da Sociedade Civil, declarando-se, desse modo, equidistante relativamente ao coletivismo, que a História derrotou, e ao capitalismo sem regras e insensível às questões sociais. É isso que o torna, efetivamente, social-democrata.
Para o PSD, a economia é instrumental. Ela existe, não enquanto um fim em si mesmo, mas para proporcionar riqueza e desenvolvimento que permitam a sua redistribuição e a geração de bem-estar social. Por isso, o PSD está não só associado à criação do Estado Social, mas também e, sobretudo, à geração das condições económicas para a sua efetiva sustentabilidade.
Mas o PSD é também o “Partido do 25 de Abril”. Nele teve a sua génese, no seu espírito desenvolveu a sua inspiração matricial social-democrata e no respeito pelos seus “Direitos, Liberdades e Garantias” cresceu e tornou-se num grande Partido, provavelmente o mais genuinamente Português. Foi com o 25 de Abril de 1974 e com a reafirmação do seu rumo democrático em 25 de Novembro de 1975 que os Portugueses, em geral, e os trabalhadores, em particular, obtiveram a Liberdade e a Democracia e viram reconhecidos um conjunto de direitos que antes lhes eram negados.
A minha ligação ao PSD vem do tempo da adolescência, no período da Aliança Democrática e no sempre difícil distrito de Setúbal. Recordo as campanhas eleitorais vitoriosas de 1979 (intercalares) e 1980 (legislativas) e ainda a morte de Sá Carneiro um ano após. Depois, a minha passagem pela JSD com responsabilidades concelhias e associativas estudantis e da militância no Partido, efetuada mal entrei na maioridade. Anos volvidos, a minha entrada no mundo do trabalho e no movimento sindical afeto à UGT, levaram-me até à estrutura laboral dos TSD – Trabalhadores Social Democratas sem adivinhar que seria, um dia, seu líder.
Considero, assim, que os TSD representam uma componente incontornável do caráter interclassista do Partido. Embora se tenham constituído formalmente apenas uma década após o PSD, a componente sócio-laboral no seio do nosso Partido surge logo a si associada desde 1974. Ela é o reflexo natural da forte adesão popular que transformaram o PSD no maior Partido Português.
Consequentemente, o PSD é também, e sobretudo, o grande Partido do Trabalho e dos trabalhadores portugueses.
Os TSD são orgulhosamente a estrutura autónoma do PSD para o movimento sindical e o mundo laboral. Hoje, tal como no passado, são representados por um grupo de mulheres e homens para quem, os ideais da social-democracia e do sindicalismo livre e democrático, se constituem na pedra de toque da sua participação cívica e da atuação política dentro e fora do PSD, detendo um papel incontornável no seio do movimento sindical da UGT e independente.
Nesta efeméride que se comemora em 6 de maio por ocasião dos seus 44 anos venho, em nome dos TSD e em meu nome pessoal, saudar todos os fundadores e os militantes que, ao longo do tempo, souberam imprimir este cunho de modernidade e de indispensabilidade do PSD perante a sociedade portuguesa. Hoje, tal como no passado, Portugal encara o PSD como uma força política vital para o seu desenvolvimento.
Em nome do Futuro, em nome de Portugal!
Pedro Roque | Secretário-geral dos TSD
"Artigo publicado na edição especial do Povo Livre do 44.º aniversário do PSD" https://bit.ly/2wJ1ys0