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O Presidente do PSD lembrou, depois de um encontro com Assunção Cristas, que PSD e CDS sempre tiveram um bom relacionamento e que os une o facto de não se reverem nesta solução governativa. Contudo, “cada um segue o seu caminho”, disse. Esclareceu, ainda, que o entendimento entre partidos é essencial para que se alcancem reformas que perdurem no tempo
“Temos ideias comuns naquilo que de mau tem esta governação”, afirmou esta quinta-feira o líder do PSD, após um encontro com Assunção Cristas. “Há uma coisa que nos une: sermos oposição ao Governo, fazendo cada um o seu caminho”, explicou, depois de ter lembrado que o bom relacionamento que sempre existiu entre o PSD e o CDS.
Rui Rio referiu-se à existência de “uma visão comum em que nem o PSD, nem o CDS se reveem nesta solução governativa”, lembrando um passado em que presidiu ao município do Porto, durante três mandatos, em coligação com o mesmo partido, o que acontecera também nos anos em que assumiu a liderança da Associação de Estudantes da Faculdade de Economia do Porto.
Ambos os partidos, segundo disse o Presidente do PSD, têm “uma ideia comum” e que passar por “substituir esta solução governativa”. “Portanto, nas próximas eleições legislativas há que fazer um esforço nesse sentido”, acrescentou, destacando que “cada um segue o seu caminho”, pese embora se venham a “cruzar com muita facilidade” por serem oposição.
Entendimento entre partidos: Realizar “reformas estruturais que de outra forma não haverá”
Rui Rio lembrou que tem feito um esforço mostrar a necessidade de haver entendimentos entre os partidos que, por sua vez, possam conduzir a “reformas estruturais que de outra forma não haverá”. “Se não nos entendermos, há reformas que nunca serão feitas e que já o deviam ter sido”, assegurou. Disse ter encontrado, quer no encontro com o primeiro-ministro, quer com a líder do CDS, “recetividade para esta ideia e vontade de participarmos em conjunto nesse caminho”.
Esclareceu nunca ter dito “que queria fazer um acordo com o PS”. “Disse sempre que queria fazer acordos estruturais com todos os partidos”, explicou para, depois, explicar: as medidas que venham a ser tomadas “têm de ser muito fortes”, de modo a perdurarem no tempo. “Se for por acordo de todos lá ficarão”, afirmou Rui Rio, acrescentando que caso os partidos não estejam de acordo poderão vir a ser alteradas com, por exemplo, a tomada de posse de um novo governo.
Justiça, sistema político, descentralização, Segurança Social, natalidade ou desertificação do interior têm sido alguns dos temas que o líder do PSD tem levado às reuniões com o Presidente da República, com o primeiro-ministro e, agora, com a presidente do CDS e nos quais poderá ser possível “chegar a acordo”, disse.