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Para Rui Rio, é do interesse nacional acabar com a centralização irracional do território português. O Presidente do PSD apelou à mobilização de todos social-democratas para ajudar a erguer um país mais equilibrado, que aproxime o interior do litoral. “Se eu quero um país descentralizado e se quero que Castelo Branco, Guarda ou Bragança tenham igualdade de oportunidades e tenham uma discriminação positiva em relação àquilo que se faz, isto é um desígnio nacional, e não há nenhum desígnio nacional que se consiga cumprir de forma sustentada apenas por um partido ou força política", afirmou.
Rui Rio, que falava durante a inauguração das novas instalações do PSD e JSD da Beira Baixa, em Castelo Branco, sábado, sublinhou que os desígnios nacionais são para ser feitos pelo país como um todo. E, neste âmbito, explicou que, quando assina um acordo com outros partidos, está a pôr, em primeiro lugar, o desígnio nacional. “Deveríamos por razões de ordem tática e partidária colocar o desígnio nacional de lado e não assinar nada com ninguém?”, questionou.
Rui Rio insistiu que quer, no curto prazo, que a face do território nacional, a começar por Castelo Branco, possa ser diferente daquilo que tem sido na sua dinâmica. “Por isso, o que nós devemos fazer é falar para o povo e colocar Portugal e os interesses nacionais em primeiro lugar. E é do interesse nacional, nós acabarmos com isto de ter tudo concentrado no litoral, particularmente na área metropolitana de Lisboa. E isto exige uma política sustentada e coordenada, e não apenas uma ou outra medida", sustentou.
Rui Rio explicou que vai ser nomeada, esta semana, pelo presidente da Assembleia da República, uma comissão que tem um ano para produzir e apresentar diplomas sobre descentralização. “Penso que o país não está muito consciente daquilo que foi assinado, e daquilo que isto representa”, alertou. Para o Presidente do PSD, se essa comissão cumprir a sua função, o país terá aquilo que pode e deve ser a descentralização em Portugal, do setor nacional para o setor sub-nacional.
Por último, Rui Rio deixou ainda um apelo à união de esforços de todos os social-democratas para derrotar a esquerda nas próximas legislativas. “O PSD tem condições para disputar taco a taco as eleições de outubro de 2019. Esse é o nosso objetivo e temos de ser realistas”, concluiu.