Rui Rio: “falta vontade política” para concluir acessos na Chamusca

24 de outubro de 2018
PSD

Rui Rio lamenta a “falta de vontade política” para construir os acessos prometidos ao Eco Parque do Relvão, Chamusca, distrito de Santarém, e que recebe resíduos industriais de todo o país. O Presidente do PSD, que visitou esta quarta-feira, o Centro Integrado de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos (CIRVER), foi confrontado com a dificuldade de acesso ao local, com dezenas de camiões a terem de percorrer o interior das localidades da região, colocando em perigo a segurança das populações.

“Se estamos a falar de investimentos que rondam os 100 a 150 milhões de euros, é dinheiro, mas se pensarmos à escala nacional são investimentos reduzidos face a outros que se vão fazendo", afirmou Rui Rio, para quem a ausência de 30 quilómetros de estrada e de uma nova travessia na zona da Chamusca revelam “falta de vontade política de olhar para um real problema nacional e decidir fazer o que falta fazer”.

Rui Rio deslocou-se a duas das empresas ali instaladas, a SISAV - Sistema Integrado de Tratamento e Eliminação de Resíduos, que faz tratamento de solos, de resíduos industriais perigosos, óleos usados e lamas, e a Somos Ambiente - ACE, Centro Integrado de Valorização e Tratamento de Resíduos Hospitalares e Industriais, que tem por missão incinerar resíduos hospitalares e industriais perigosos no Eco Parque do Relvão, provenientes de todo o território nacional.

"Temos aqui um exemplo daquilo que é, apesar de não estar muito longe da capital, Lisboa, ou onde está, de certa forma, o país esquecido", declarou Rui Rio no final da visita, dando conta de que "obras relativamente pequenas à escala nacional não se fazem mas têm uma importância terrível na vida das pessoas".

O Presidente do PSD, acompanhado de vários deputados eleitos por Santarém, entre outros dirigentes políticos e empresários, fez notar ainda que, “quando a Chamusca aceitou estes dois grandes empreendimentos [SISAV e Somos Ambiente], de grande utilidade nacional, tinha de ter a complementaridade dos acessos”. “Não tendo sido feita e que era parte do próprio projeto, naturalmente que as pessoas sofrem agora as consequências, a mobilidade é reduzida e na ponte da Chamusca dois camiões não se conseguem cruzar”, especificou.