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O anúncio do ministro da Saúde e do primeiro-ministro em mudar a sede do Infarmed para o Porto é “um engano”. Foi assim que Miguel Santos apelidou o “anúncio, decisão ou intenção, que é um jogo de palavras que vão fazendo, mas que é um defraudar de expectativas para o Norte, para a cidade do Porto e para os autarcas do Porto”.
Após uma reunião com o Conselho Directivo do Infarmed, o vice-presidente da bancada do PSD afirmou que “aquilo que foi confirmado na reunião é que é uma ideia peregrina, porque alguém acordou um dia e, no enquadramento político da semana passada, achou que seria um bom marketing político o Infarmed ir para o Porto, que iria cair bem. Tal seria ótimo e extraordinário para o Porto, mas o que está corroborado é que foi uma decisão nunca pensada”.
Para o PSD, seria muito importante levar a cabo um plano efetivo de descentralização, mas tal não se verifica. Tal como Miguel Santos afirma, “descentralizar serviços de maneira inconsequente não é um processo que possa ver a luz do dia. Não sei como é que o primeiro-ministro vai descalçar a bota, podiam ter escolhidos vários organismos do Estado para serem deslocalizados para várias cidades do País. A isso se chama um plano de descentralização sério, com impactos medidos. Mas estamos perante um anúncio que não tem cabimento”.
Foi também transmitido pela direção do Infarmed aos social-democratas que esta é uma questão que “coloca em causa e provoca uma rutura no Infarmed”, pois o período de deslocalização dos serviços para o Porto, de construção de um novo edifício de raiz ou uma adaptação de um edifício existente podem trazer a perda de oportunidades no panorama internacional para este organismo, que presta serviços à Agência Europeia do Medicamento (EMA), as Nações Unidas e a Organização Mundial de Saúde.
O PSD já chamou ao Parlamento o ministro da Saúde para debater esta matéria.