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“Aqui manifestamos toda a nossa disponibilidade para, com as nossas propostas, juntar às vossas e podermos levar a cabo um trabalho de consenso entre, se for possível, todos os partidos”, referiu esta quarta-feira o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão. Em discussão estavam as políticas de valorização do interior apresentadas pelo Governo.
“Este tema não está nas melhores mãos”, começou por dizer o Presidente do Grupo Parlamentar do PSD (GPPSD). “Todos sabemos como este Governo lidou, no interior, com os incêndios em junho e outubro”, apontou. “A negligência foi manifesta, o descuido foi claríssimo”, lembrou. Quis, por isso, desafiar o primeiro-ministro a responder se “está disposto a avançar com medidas concretas, devidamente calendarizadas e com o compromisso firme de cumprimento, por forma a não falhar aos portugueses”.
Fernando Negrão aproveitou para avançar que as Jornadas Parlamentares do GPPSD decorrerão, em 18 e 19 de junho, na Guarda, tendo como tema a valorização do interior.
António Arnaut “foi, e será, uma figura notável da democracia portuguesa”
O GPPSD levou, novamente a plenário, a temática da Saúde. Começou por manifestar condolências “muito sinceras” no que respeita ao falecimento de António Arnaut. “Foi, e será, uma figura notável da democracia portuguesa”, afirmou Fernando Negrão. “Deixou uma marca indelével na vida política nacional”, continuou, referindo-se, assim, ao “pai do Serviço Nacional de Saúde (SNS)” que foi “uma das principais conquistas da democracia”.
O líder parlamentar quis, por isso, assinalar que “a melhor forma de homenagear o Dr. António Arnaut é preservar a sua obra e garantir a todos os portugueses que continuarão a ter um SNS sustentável, equilibrado e acessível a todos”. Destacou, no entanto, que “não é esse o SNS que temos hoje”. Fernando Negrão levou, assim, ao Parlamento situações concretas de dificuldades existentes no País, como a demissão de dirigentes no Centro Hospitalar de Tondela-Viseu, a falta de médicos em Guimarães e de enfermeiros no Hospital de Santa Maria. “Qual é o plano que o sr. primeiro-ministro tem para todos podermos continuar a honrar o Dr. António Arnaut na preservação do SNS?”, perguntou.
O Presidente do GPPSD questionou, ainda, António Costa sobre a eventual situação de incompatibilidade do ministro-adjunto Pedro Siza Vieira que, entretanto, veio a público, assim como sobre a OPA à EDP, argumentando que “a situação ainda não é clara”.